Retrospectiva: mercado brasileiro de venda de livros teve desempenho satisfatório

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O cenário apresentado pelo 12º Painel do Varejo de Livros no Brasil em 2022, pesquisa realizada pela Nielsen Book do Brasil e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) no final de dezembro do ano passado, mostra que as vendas aumentaram tanto no quesito volume como no item faturamento. Embora os percentuais de crescimento não sejam significativos, dão fôlego ao mercado editorial: foram vendidos 51,48 milhões de unidades de janeiro a 4 de dezembro de 2022, representando um acréscimo de 2,64% na comparação com mesmo período de 2021. O faturamento em 2022 somou R$ 2,27 bilhões, o que significou uma variação positiva de 7,56%. O preço médio do livro também aumentou em 4,79%, passando de R$ 41,07 para R$ 43,04.

De acordo com os responsáveis pela pesquisa, esses indicadores poderiam ter sido melhores se não fosse a queda no poder de compra das famílias e a pressão dos preços dos insumos em toda a cadeira produtiva do livro. Um dado preocupante é a queda no volume do ISBN – número que identifica a publicação a partir de um padrão internacional e obrigatório tanto no formato impresso como nos formatos digitais. Em 2022, foram emitidos 375.553 registros, enquanto no ano anterior o volume foi de 397.097, ou seja, redução de 5,43%.

Mas a grande notícia de 2022 foi a retomada das feiras e eventos literários, que voltaram a ser totalmente presenciais, depois de dois anos de pandemia. A 68ª Feira do Livro de Porto Alegre, por exemplo, realizada de 28 de outubro a 15 de novembro, comemorou o aumento de 30% no total de vendas, em comparação com 2019, última edição antes da pandemia. Nos dois anos seguintes, o evento teve intensa programação virtual.

Que 2023, que agora se inicia, seja um ano bastante positivo para o mercado editorial.

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